MARCAR CONSULTA |
Ginecomastia é o termo utilizado para designar o crescimento da mama em homens. Não é uma ocorrência incomum, atingindo até 40% a 60% dos homens. Pode afetar uma mama ou ambas. É mais frequente na adolescência a partir dos 13 anos, porém pode persistir na vida adulta.
A ginecomastia é motivo de grande constrangimento, podendo gerar grandes distúrbios psicológicos ao paciente portador dessa condição, levando até mesmo ao isolamento social. A cirurgia plástica para a correção de ginecomastia é o tratamento mais indicado para os homens que se sentem incomodados com o problema. A cirurgia visa remover gordura ou tecido glandular das mamas e, em alguns casos, o excesso de pele. O resultado é um peitoral plano, firme e consistente com o contorno corporal masculino.
As causas de ginecomastia podem ser um simples depósito de gordura, fatores hormonais, utilização de substâncias pelo paciente (medicamentos, drogas, esteroides anabolizantes, etc.) ou até mesmo tumores. O paciente deve ser submetido a um detalhado exame clínico pré-operatório para investigação das possíveis causas do problema.
Nesse exame pode ser detectado se o aumento da mama é secundário ao crescimento da glândula mamária, do tecido gorduroso ou ambos. Nos casos de adolescentes, além da investigação clínica completa, pode haver a necessidade de aguardar um período de acompanhamento, até a completa estabilização do quadro, para então programar cirurgia.
A ginecomastia pode ser dividida em três tipos:
1- Glandular (“ginecomastia verdadeira”): onde temos apenas crescimento anormal de tecido glandular mamário.
2– Gordurosa (“lipomastia”): neste caso, há apenas acúmulo de gordura na região, sem hipertrofia glandular.
3- Mista: há um aumento tanto do tecido glandular, como de tecido gorduroso na região peitoral.
Em todos os tipos, pode estar associado um excesso de pele.
A técnica cirúrgica escolhida vai depender do tipo da ginecomastia:
1- Ginecomastia Glandular: quando a ginecomastia for predominante glandular, é realizado um corte em meia lua na região periareolar inferior (traçado pontilhado na foto à direita), de cerca de 2-3 cm, por onde é retirada cirurgicamente a glândula de consistência dura e aumentada, que deverá ser examinada por um patologista.
2- Ginecomastia Gordurosa: quando a ginecomastia apresenta apenas gordura, é realizada uma lipoaspiração através de duas pequenas incisões de mais ou menos 0,5 cm cada.
3- Ginecomastia Mista: quando a ginecomastia apresenta gordura e aumento do tecido glandular, é realizada uma lipo através das incisões 1 e 2, associada a um corte periareolar inferior (traçado pontilhado na foto à direita) para ressecção do tecido glandular em excesso.
Nos casos em que houver um excesso de pele, os traçados cirúrgicos podem ser alterados para a ressecção da pele. Nesses, casos haverá novas cicatrizes que podem ser periareolar, em “L” ou “T” invertido.
A cirurgia é feita com anestesia local ou peridural alta com sedação. Dura em torno de duas horas e o paciente tem alta no mesmo dia. Após a cirurgia deve ficar em repouso por alguns dias, usar uma malha elástica para diminuir o inchaço e a formação de hematomas.
Os pontos são retirados cerca de 7-15 dias após a realização da cirurgia. Deve-se e evitar praticar esportes por algumas semanas e evitar o sol até completa cicatrização, em torno de 6 meses. O retorno às atividades normais que não exigem esforço pode ser feito após 1 semana.
Como toda cirurgia plástica estética, os resultados proporcionados pela cirurgia de correção de ginecomastia são realmente compensadores para o paciente, desde que as expectativas a respeito da cirurgia sejam realistas.
1- A partir de qual idade pode-se operar?
Teoricamente a partir dos 13 anos. Porém na puberdade é melhor esperar pelo menos dois anos, pois a regressão espontânea pode ocorrer.
2- A ginástica pode causar ginecomastia?
Não. Porém, na pressa de resultados, homens que modelam o corpo nas academias de ginástica e ingerem esteroides, podem causar a deformidade, que só pode ser resolvida cirurgicamente, pois é irreversível.
3- Quais distúrbios hormonais favorecem o aparecimento da ginecomastia?
A causa mais comum é um aumento nos estrógenos, uma diminuição nos andrógenos, ou um déficit nos receptores androgênicos.
4- Quais substâncias podem causar o aparecimento da ginecomastia?
O uso abusivo de bebida alcoólica e outras drogas como esteroides, medicação para tratamento de úlceras gástricas, alguns antidepressivos etc., podem predispor ao desenvolvimento da doença.
5- Quais as técnicas hoje utilizadas na cirurgia?
A técnica cirúrgica depende do tipo de ginecomastia e de sua severidade. Existem três técnicas, que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação: lipoaspiração, ressecção do tecido glandular e mamoplastia redutora (nos pacientes com excesso de pele).
6- Qual a duração das cirurgias?
Em média cerca de 2 horas, podendo se prolongar dependendo da técnica utilizada e se houver cirurgia associada.
7- Qual o tipo de anestesia?
Anestesia local ou peridural alta com sedação.
8- O pós-operatório é doloroso?
O pós-operatório é levemente desconfortável quando se associa lipoaspiração, porém facilmente controlável com medicação analgésica.
9- Como é a recuperação dessas cirurgias?
A recuperação é normalmente rápida e depende da resposta cicatricial individual do paciente.
10- Tenho que permanecer internado?
Não, após executada a cirurgia, o paciente tem alta no mesmo dia.
11- Como é o período pós-operatório? Usa-se alguma cinta especial?
Pode ser necessária a colocação de drenos, dependendo da técnica utilizada, que serão retirados alguns dias depois. O paciente deve usar no pós-operatório uma cinta elástica compressiva para diminuir o inchaço e a formação de hematomas.
12- É preciso fazer massagem tipo drenagem linfática depois?
No caso de lipoaspiração são aconselhadas sessões de drenagem linfática a fim de diminuir o edema mais rápido e evitar fibroses.
13- Quando posso fazer exercícios físicos?
Exercícios como caminhadas são liberados após 1 semana, musculação ou atividades que usem a musculatura peitoral são liberados a partir de 1 a 3 meses da cirurgia dependendo da técnica utilizada.
14- Quando posso tomar sol?
Deve-se evitar o sol até completa cicatrização, cerca de 6 meses após cirurgia.
15- Quando posso retomar o trabalho?
O retorno às atividades normais pode ser feito após 1 semana.