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A face é a parte mais exposta do corpo e bem em seu centro está o nariz. Se não houver harmonia entre o nariz e a face em virtude de uma malformação ou defeito, o nariz torna-se o centro de nossa atenção, mesmo que o defeito seja mínimo.
A rinoplastia é o procedimento cirúrgico que visa melhorar a aparência do nariz. A correção cirúrgica e a remodelagem do nariz são feitos para se obter um melhor resultado estético e natural, em proporção com as demais estruturas da face. O progresso feito na área da rinoplastia tornou possível corrigir quase todos os tipos de deformidades e malformações.
Atualmente, o cirurgião plástico pode reduzir ou aumentar o tamanho do nariz, alterar a forma da ponta e do dorso, diminuir o tamanho das narinas, refinar a ponta e alterar o ângulo entre o nariz e o lábio superior. A cirurgia de nariz também pode corrigir defeitos já presentes ao nascimento, sequelas de traumatismos ou imperfeições de rinoplastias prévias. A rinoplastia estética pode ser realizada logo que tenha terminado o crescimento ósseo do nariz, por volta dos 16 anos.
O nariz é um órgão complexo no que diz respeito às suas funções e estruturas. Ele é constituído de ossos, músculos, cartilagens, mucosa e pele. Situado no meio da face, o nariz é frequentemente um indicador da nossa personalidade. Por suas características ele pode ter atributos de beleza, sensualidade ou autoridade. Por outro lado pode evocar sentimento de desgosto, descontentamento e baixa autoestima.
A rinoplastia pode corrigir muitos problemas relacionados ao nariz, independentemente de sua natureza. Por exemplo: nariz muito grande ou pequeno em relação aos componentes da face; giba (dorso) proeminente ao ser visto de perfil; ponta globosa e caída ou muito elevada; narinas muito alargadas e várias outras deformidades.
O nariz tem como funções fisiológicas a respiração e a olfação. A rinoplastia pode auxiliar em casos de problemas respiratórios. A obstrução nasal pode ocorrer por várias razões: desvio do septo, hipertrofia dos cornetos nasais, obstrução das válvulas internas, presença de tumor benigno ou maligno e outros.
O exame da face e do nariz permite determinar a melhor técnica cirúrgica. Vários fatores devem ser levados em consideração para a obtenção de um melhor resultado como: estrutura óssea e cartilaginosa do nariz ,formato da face ,qualidade da pele , idade , grupo étnico e outros.
Observando-se a extrema complexidade que representa a remodelagem de tão pequeno órgão, pode-se dizer que a Rinoplastia é um dos procedimentos estéticos mais complexos da cirurgia plástica devido à riqueza de detalhes do nariz.
A rinoplastia pode ser realizada por via interna (endorrinoplastia), a mais usual; e por via externa (exorrinoplastia). A escolha da técnica depende do tipo e do grau da deformidade a ser corrigida.
A via interna não deixa cicatrizes visíveis. A via externa é destinada para casos em que existe um acentuado desvio do septo, ponta nasal muito alterada, deformidade grave de origem congênita ou, reoperações. Com a técnica existirá uma cicatriz na parte inferior do nariz (columela). Porém, paradoxalmente à sua localização, a cicatriz tende a ficar praticamente imperceptível. Terminada a cirurgia, são colocados tampões nas narinas que são retirados 12 horas depois, e um curativo imobilizador externo de gesso ou plástico, que é retirado após 7 dias. A cirurgia dura cerca de 2 horas e pode ser feita com anestesia geral ou local associada à sedação. Técnicas Cirúrgicas: Para cada alteração existe uma técnica a ser utilizada.
1- TRATAMENTO DA PONTA NASAL / REFINAMENTO DA PONTA DO NARIZ
A ponta do nariz é um segmento que necessita de uma abordagem acurada para obtermos um resultado adequado. Há casos em que o nariz é bulboso, com pele grossa, apresentando glândulas em excesso. Neste caso, devemos remover o excesso de tecido para adequarmos a ponta do novo nariz criado. Em outros casos, as cartilagens apresentam-se separadas e devemos uni-las para obter uma ponta com boa projeção. Em alguns casos é necessário colocar um enxerto de cartilagem na ponta para obter um ângulo nasal adequado e gracioso.
Na dinâmica facial também devemos avaliar o músculo que deprime a ponta nasal, chamado de “músculo depressor da ponta”. O músculo pode ser abordado para diminuir o efeito de nariz com ponta caída, principalmente quando a pessoa sorri.
2- TRATAMENTO DO DORSO
O dorso nasal é o que se destaca quando a pessoa está de perfil. Em um nariz alto, com giba óssea ou cartilaginosa proeminente, há necessidade de tratar o excesso de altura do nariz. A “giba” pode ser removida sem dificuldades. Utiliza-se lâminas e raspas especiais para diminuir tanto a porção óssea como a cartilagem do dorso. O objetivo do tratamento do dorso é corrigir as estruturas em excesso, respeitando a válvula e a integridade do revestimento mucoso do dorso nasal.
3- TRATAMENTO DO DORSO BAIXO
Aqui pode-se tratar de um nariz com pouca projeção, e de um nariz chamado em “sela” (dorso muito baixo). Neste caso, há necessidade de acrescentar estruturas para o seu aumento. Dá-se preferência para o material retirado do próprio corpo do paciente, que pode ser doado do septo nasal ou da cartilagem auricular, que são similares às estruturas do nariz.
4- CORREÇÃO DO SEPTO
No planejamento cirúrgico, a cirurgiã estabelece a necessidade de corrigir um desvio de septo. Geralmente o paciente chega com a queixa de que respira mal. Deve-se estabelecer o nível de desvio através de exames complementares, para o planejamento cirúrgico. É necessária a avaliação e a presença de um médico especialista em Otorrinolaringologia no ato operatório.
5- OSTEOTOMIA NASAL
Na entrevista, o paciente em geral indaga: vai ser necessário quebrar o nariz? Normalmente a cirurgiã tem a resposta em mente, pois um nariz com base larga muitas vezes necessita uma aproximação dos ossos nasais à linha média para dar uma melhor harmonia à face. Mas há casos em que indicamos uma osteotomia e em outros em que está contraindicado; portanto há necessidade de fazer um diagnóstico correto e discutir com o paciente a melhor forma de conduzir o procedimento. A fratura dos ossos nasais promove um maior edema no pós-operatório. O acesso para a osteotomia é na porção interna das fossas nasais, sem cicatriz aparente.
6- ASAS NASAIS
As narinas podem ser largas, grosseiras ou abertas. Nessa situação, pode-se corrigi-las com uma alectomia (correção das narinas). Deve-se discutir com o paciente os detalhes do procedimento, pois é o único local em que fica uma cicatriz aparente. Felizmente, a maioria dos pacientes apresenta boa cicatrização nessa área, ficando com aspecto bem discreto.
7-ENCURTAMENTO NASAL
Durante a intervenção analisa-se os excessos de mucosa e o comprimento do nariz. O encurtamento é conseguido com a atuação sobre os excessos de mucosa sobre a ação dos músculos e o septo nasal. Essa manobra permite um melhor posicionamento da ponta em relação ao dorso com um ângulo nasolabial adequado.
1- Qual o objetivo da plástica do nariz?
A cirurgia plástica de nariz ou rinoplastia tem por finalidade proporcionar um equilíbrio estético na face. O nariz, para ser considerado normal e bonito, precisa ter um tamanho e uma forma que combinem com o paciente, levando-se em consideração a proporção com a boca e os olhos, o formato da face, a estatura, e o tipo físico da pessoa. O objetivo dessa cirurgia é remover alguns defeitos que o nariz apresenta a fim de deixá-lo mais harmonioso dentro do conjunto da face.
2- A rinoplastia deixa cicatrizes?
No caso de utilizar-se a técnica de endorrinoplastia, não haverá cicatrizes aparentes, pois elas ficam dentro do nariz. No caso de se utilizar a técnica de exorrinoplastia, existirá uma pequena cicatriz na columela nasal, que tende a ficar muito discreta. No caso de realizar-se alectomia (correção das narinas) existem duas pequenas cicatrizes nos sulcos entre as narinas e a face. Cada técnica tem sua indicação precisa e deve ser discutida com o paciente antes da sua cirurgia.
3- É sempre utilizada a mesma técnica?
Para cada tipo de nariz existe uma técnica diferente. A cirurgia mais completa consiste na remoção da saliência óssea do dorso do nariz, com afinamento e levantamento da ponta e o estreitamento das partes laterais. Em muitos pacientes, raspamos o dorso do nariz e afinamos a ponta. Em outros, apenas levantamos a ponta do nariz. Os casos precisam ser analisados isoladamente, pois para cada paciente devemos planejar um tipo de cirurgia, de acordo com as imperfeições estéticas que seu nariz apresentar.
4- Poderei escolher para “meu futuro nariz” a forma que eu desejar?
Não. Existe um equilíbrio estético entre o nariz e a face que o cirurgião deve observar, a fim de preservar a naturalidade e autenticidade dessa face. Cada caso é estudado minuciosamente, a fim de que se possa dar ao nariz a melhor forma possível, dentro das exigências da face. Se a sua escolha coincidir com aquele tipo de nariz planejado, sem dúvida seu desejo será atendido.
5- O resultado definitivo é imediato?
Não. Várias fases são características do pós-operatório do nariz. Assim é que, numa 1ª fase (logo após a retirada do curativo rígido em torno o 7º dia), apesar de corrigidos vários defeitos estéticos do nariz original, notamos um edema (inchaço) que vai diminuindo com o passar dos dias e que tende a desaparecer totalmente em torno do 6º mês. Existem pacientes que atingem o resultado definitivo um pouco antes. A persistência ou não do edema transitório por um período mais longo que o normal geralmente não interfere no resultado
6- Qual é o tipo de anestesia? Qual é o período de internação? Quanto tempo dura a cirurgia?
Para operar o nariz podemos usar anestesia local com sedação ou anestesia geral. Em geral, o paciente não precisa ficar internado, podendo ir para casa no mesmo dia. Uma cirurgia de nariz demora em torno de 90 minutos.
7- Como ficará minha respiração após a cirurgia?
A rinoplastia estética visa, também, melhorar as condições respiratórias do paciente, quando essas condições são precárias no nariz original. Apesar de haver alguma dificuldade no pós-operatório recente (algumas semanas), que se deve ao fato do “edema” também existir na parte interna do nariz, assim como o movimento de “válvula respiratória” ficar prejudicado nesse período, por alteração da elasticidade das asas; com o decorrer do tempo isto tende a normalizar-se. Problemas respiratórios geralmente são ligados ao septo que, em muitos casos, é corrigido no mesmo tempo cirúrgico. Quando a correção demanda cuidados especiais, a cirurgia estética deverá ser feita numa segunda oportunidade, após ter sido corrigido o septo pelo especialista otorrinolaringologista.
8- São utilizados curativos?
Após terminar a cirurgia, o nariz é mantido com tamponamento nasal, que é deixado por 12 a 24 horas. Também, com curativo gessado ou placa plástica, que permanece por cerca de 7 dias, período após o qual é retirado no consultório. Depois se mantém o nariz protegido com esparadrapo micropore por 21 dias.
9- Ouvi dizer que o nariz “sangra” nos primeiros dias. Isto é verdade?
Existe um pequeno sangramento através do tamponamento de gaze ou através do modelador nasal, que é normal nas primeiras 48 horas. Isto, entretanto, não deverá ser motivo de preocupação, pois um curativo de proteção, sobreposto a abertura do nariz, é conservado propositadamente, a fim de aparar esse sangramento. Esse curativo adicional poderá ser trocado em casa, tantas vezes quanto necessário.
10- Há dor no pós-operatório?
Raramente. A cirurgia estética do nariz apresenta pós-operatório indolor. Quando ocorrer uma eventual dor, essa é facilmente combatida com analgésicos, que lhe serão receitados como preventivos.
11- Há perigo nessa operação?
Raramente uma cirurgia de rinoplastia determina sérias complicações. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente para o ato operatório, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação dessa cirurgia a outras.
12- Quando poderei tomar sol?
Após 6 meses. Antes disso você deve usar bloqueadores solares.
13- Qual a evolução pós operatória?
Você não deve se esquecer que, até que se atinja o resultado almejado, diversas fases evolutivas são características desse tipo de cirurgia. Assim é que edemas (inchaço), “manchas” de infiltrado sanguíneo (equimoses), dificuldade respiratória nos primeiros dias, são comuns a todos pacientes; evidentemente, alguns apresentam os fenômenos com menor ou maior intensidade que outros.
14- A Rinoplastia pode ser associada a outras cirurgias plásticas?
Sim. É comum a associação da rinoplastia com outras cirurgias plásticas no segmento facial ou corporal.
