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A má formação mais comum da orelha é a chamada orelha em abano, e decorre de uma alteração do formato, do relevo e da angulação da orelha em relação ao crânio. Assim a orelha apresenta sua borda lateral mais distanciada da cabeça, aparentando por isso ser maior. Apesar de não prejudicarem a audição, as orelhas em abano, causam grande desconforto emocional para as pessoas que as tem. Nessas orelhas há também o apagamento da anti-hélice (dobra interna da orelha), conferindo um aspecto mais aberto. Essas são deformidades do desenvolvimento da orelha, que estão intimamente ligadas a fatores hereditários.
Com a otoplastia é possível corrigir essas alterações, visando formar a anti-hélice e diminuir a distância entre a face posterior da orelha e o couro cabeludo. A cirurgia é feita retirando a pele de trás da orelha, cortando e remodelando a cartilagem, para que ela se dobre na posição desejada. A anestesia é local com sedação, mas em crianças pequenas pode ser necessário utilizar anestesia geral.
Essa cirurgia pode ser realizada a partir dos 4 anos de idade, sem prejudicar o crescimento da orelha. Sugere-se como idade ideal para realizar o procedimento, entre 5 e 7 anos , por se tratar de um período pré-escolar, pois é nessa fase que começam os problemas de ordem psicológica. As cicatrizes são praticamente imperceptíveis por se localizarem atrás da orelha, no sulco formado entre ela e o crânio. Em alguns casos, pacientes recorrem à cirurgia na fase adulta e os resultados são igualmente satisfatórios. Essa cirurgia é extremamente gratificante para o paciente e para o cirurgião plástico que a realiza. Pois resolve de maneira definitiva um problema que incomoda muito o paciente, e que pode acarretar muitos traumas psicológicos na criança em idade escolar.
1- A cirurgia da orelha em abano deixa cicatrizes?
A cicatriz da cirurgia é praticamente imperceptível, por localizar-se atrás da orelha, no sulco entre o crânio.
2- Qual o tipo de anestesia?
Crianças: se pequenas, a anestesia geral é utilizada. Em crianças maiores, com mais entendimento, pode-se optar por anestesia local com sedação. Adultos: anestesia local com sedação.
3- Qual o período de internação?
Meio período a 1 dia, dependendo do tipo de anestesia e idade do paciente.
4- Quanto tempo demora o ato cirúrgico?
Geralmente em torno de 90 a 120 minutos. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de centro cirúrgico, pois, a permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória.
5- Há perigo nessa operação?
Todo procedimento cirúrgico implica em riscos, cabendo ao cirurgião, ao anestesista e ao paciente minimizar esses riscos com de exames pré-operatórios, risco cirúrgico e obediência às orientações pré e pós-operatórias.
6- Há dor no pós-operatório?
Certo incômodo poderá ocorrer no pós-operatório. Quando houver dor, poderemos combatê-la com analgésicos comuns.
7- Como é o curativo?
Faz-se a proteção da cicatriz com curativos pequenos. Protege-se a orelha (principalmente em crianças), nos primeiros dias, com uma espécie de touca, a fim de evitar traumatismos locais. Recomenda-se o uso das faixas de proteção tipo “ballet” ou “tênis” durante 3 meses (que deverá ser usada 24 horas por dia no primeiro mês, e após esse período, quando estiver em casa e para dormir) para não dobrar as orelhas, sendo isso necessário para a completa cicatrização da cartilagem.
8- Quando são retirados os pontos? Há dor?
Em torno do 8º dia. Não existe dor na retirada. Há a possibilidade de sutura com fios absorvíveis em crianças, evitando-se dessa maneira o desconforto da retirada dos pontos.
9- Em quanto tempo se atingirá o resultado definitivo?
Assim que se retira o curativo já teremos em torno de 80 % do resultado almejado. Após o período de 6 meses a 1 ano, o resultado será definitivo.